Te procuro em budapeste E te vejo no agreste Do sertão do ceará Te procuro entre as estrelas E às vezes quero vê-la Entre nuvens pelo ar Te procuro nas esquinas No olhar dessas meninas Que seus corpos vêm mostrar Te procuro pelos bares Pela fresta dos pilares Escondida a provocar Te procuro na distância Que é menor que a minha ânsia De querer te desvendar Te procuro nas vitrines Carruagens, limusines E descalça vou te achar Te procuro pela rua Querendo te ver nua E pudor vou encontrar Reinvento um cantarejo É teu brilho que desejo Quando a noite vem brincar Lua, não maltrate assim Lua, se achegue pra mim Por trás de um simples sertanejo Alguém que ainda te olha E te venera assim No peito desse brasileiro Um zabumba chora Pra te ter sem fim