Flor de mulungu, raiz brasileira Alma guerreira, matriz ancestral Lembranças de uma vida inteira Relata a história, se faz maternal Raiou o Sol, doce infância em poesia Cada letra, uma alforria, Uma palavra de amor Escrevivência de um Brasil silenciado Teve traços apagados Que a mordaça não calou A luz do empretecer, nas folhas do saber Matriarcado incorporou Ê canjerê, vi do barro renascer kizomba Sábio griô que a menina embalou Negro é raça, negro é honra Eu vi nascer, arco-íris florescer Olhos d’água de saudade Trilhando um caminho de esperança No futuro escrever nossa verdade Semente da favela, sentinela onde for Em mil olhares, o axé se transformou A força que guiou todo destino Combinamos não morrer Yalode Rainha Toda Maria tem o seu poder Serrinha Academia do legado cultural Traz Conceição, a herdeira de Oxum A resistência sob a luz de Olorum Império Serrano coroa tua gente Liberta teus filhos de tantas correntes Nos becos da memória reviver Abra meu livro, pois tu sabes ler