Meu corpo dormente, denso, se afunda Suspenso no sonho, levita Grita no vácuo, pelado Enquanto inerte, agoniza Imagens turvas, líquidas, vazam Escorrem cenários vívidos, voláteis Dissolvo nas águas do sono Me afogo em suor gelado Andar sonolento até o espelho Descalço, ébrio, dissociado Mergulho em olheiras fundas Degustei um sonho azedo Delírio azedo, assíduo Orgasmo ao avesso