Numa terra bem distante Viveu um cantador Era o único da terra, um só cantador Vivia errante a esmo, em noites de lua Ele pela rua sozinho a cantar Sina que Deus lhe deu Numa tardezinha de fim de abril Cantando na feira pro povo escutar A charrete da princesa Com tanta beleza Trouxe sua alteza que quis lhe levar E o cantador se foi Era a dor do passarinho Preso na gaiola só para cantar Pouco a pouco o cantador Foi-se então calando Até de vez calar Acabou-se o cantador Endoidando a princesa Que com tal tristeza Se pôs a cantar e nunca mais parou