De silêncios me fiz, e de agonia Vi, crescente, meu rosto saturado Tudo de mágoa e dor, tudo jazia Nos meus braços de infante degredado Culpa não tinha a voz que em mim nascia Pedindo esses desejos – sonho ousado Por onde o meu olhar navegaria De cores e de anseios penetrado Buscava uma beleza antecipada A condição mais pura de harmonia Nessa infância de medos tatuada Querendo-me embeber de inacabada Procura que, em meu ser, superaria A minha triste infância renegada