Sempre ouvi de vocês Do mundo como um todo Os bons e velhos clichês De um homem que se encaminhou Sempre quis crescer E o mundo se encarregou Com os olhos que tenho hoje Não vejo nem metade do que eu sou Não, não foi o espelho que se quebrou A velha metáfora da aparência Quem se partiu, na verdade, fui eu Olhando fundo na minha própria existência Não, não foi o espelho que se quebrou A velha metáfora Quem se partiu, na verdade, fui eu Secretamente, ou não, observado Deixa a deixa escapar, quiçá Com frequência omitir e vir Secretamente, ou não, cultuoso mar Molhar-se-ia do grande irmão Abertamente esconde a causa Roendo unhas metafóricas Ignorando as outras linguagens Ana Luz, eu olho seu olhar travesso Não lembro mais o gosto que eu mereço Ao viver da política que canto agora Não lembro mais porquê deixei-te ir embora