Enquanto a tinta da falha O meu bom nome não manche Recolho as suas migalhas Pra fazer delas meu lanche Más eu não visto a mortalha enquanto não há revanche Eu não visto a mortalha enquanto não há revanche Teu castelo é de cera que derrete na fogueira Teu castelo é de cera que derrete na fogueira Estou lhe avisando quem brinca com fogo se queima Vou me preparando querendo jogar tira-teima Quem vence é quem reina, se o jogo é justo e leal E o bem não duvida de vencer o mal Vou provar que teu castelo é de cera Que derrete na fogueira Teu castelo é de cera que derrete na fogueira Por ter costa quente se juga valente, mais forte Faz pouco da gente, carente em busca da sorte É mais o vento que sopra, do Sul para o Norte, nas voltas da vida Traz de volta a praga que pegou na ida Já provei que teu castelo é de cera que derrete na fogueira Teu castelo é de cera que derrete na fogueira Só pra contrariar, eu não fui mais na favela Só pra contrariar, eu não desfilei na Portela Só pra contrariar, pus a cara na janela Só pra contrariar, eu não fiz amor com ela Contrariei, sabendo que ainda era a mais bela Que tinha malandro ligado na dela Que nunca deu bola, que nunca deu trela Contrariei, revelando os segredos que não se revela Só pra contrariar, ela Ainda é donzela Só pra contrariar Contrariei, e acho que dei um bico na canela Desprezando o que todo mundo zela Como triunfos, joias, cultura ou tela Contrariei, más nessa castidade abri a fivela Só pra contrariar, ela ainda é donzela Só pra contrariar, eu não fui mais na favela Só pra contrariar, não desfilei na Portela Só pra contrariar, pus a cara na janela Só pra contrariar, eu não fiz amor com ela