Já cantei os meus cavalos Já cantei os meus amores Pros cavalos, dei arreios E, pra elas, levei flores Meus cavalos me levaram Junto ao destino de andar Nos cavalos, tenho a vida Preso a vida, meu cantar Pitaluga de luzeiro Um Bragado escarceador Vem, nas bragas, fulgurando Traços rubros de uma flor Pitaluga de luzeiro Com luzeiros no olhar O que ele traz nos olhos Trago eu no meu cantar O que ele traz nos olhos Trago eu no meu cantar Canto mais um pingo bueno Companheiro de jornada Quando levo o pé no estribo Eu garanto a gauchada Se eu tapeio o aba larga Por garboso, abano a crina E campeio a flor mais xucra Para a trança d'uma china E campeio a flor mais xucra Para a trança d'uma china Pitaluga de luzeiro Um Bragado escarceador Vem, nas bragas, fulgurando Traços rubros de uma flor Vem, nas bragas, fulgurando Traços rubros de uma flor O maior dos meus pecados Eu pequei por um encanto Foi o roubo de uma flor Que floria um camposanto Na mais alta cruz de ferro Palanqueei o meu Bragado Pela alma do meu flete Foi só meu este pecado Pela alma do meu flete Foi só meu este pecado Pela flor que dei pra china O pecado foi desfeito Pois, decerto, o falecido Me perdoou deste malfeito Espantou-se o pitaluga Quando a china fez a carga Por um beijo, nem deu tempo De sacar meu aba larga Por um beijo, nem deu tempo De sacar meu aba larga Pitaluga de luzeiro Com luzeiros no olhar O que ele traz nos olhos Trago eu no meu cantar O que ele traz nos olhos Trago eu no meu cantar Já cantei os meus cavalos Já cantei os meus amores Pros cavalos, dei arreios E, pra elas, ah, pra elas, levei flores Meus cavalos me levaram Junto ao destino de andar Nos cavalos, tenho a vida Preso a vida, meu cantar Pitaluga de luzeiro Um Bragado escarceador Vem, nas bragas, fulgurando Traços rubros de uma flor Pitaluga de luzeiro Com luzeiros no olhar O que ele traz nos olhos Trago eu no meu cantar O que ele traz nos olhos Trago eu no meu cantar O que ele traz nos olhos Trago eu no meu cantar