No meu pouco esforço Eu faço da minha razão um fardo Essa esperança que sempre me engana Me faz um personagem tenso e desaconsoado Dentro de mim, desacreditado No meu pouco egoísmo Em meus sonhos imensuráveis Finjo não ser mais um dos miseráveis Mas acabam colocando freios em meus passos largos Dentro de mim, invulnerável Na minha pouca sensatez Eu trago cinzas que ainda queimam Rabiscando a minha própria mente Distorço de forma tal qual me odeiam Dentro de mim, incoerente Na minha pouca juventude Me sinto muito velho e cansado Meus ossos doem e tremem Me faz um personagem completamente pirado Dentro de mim, insaciável Na minha pouca vontade Eu te vejo bastante feliz Dançando alegre em notas pesadas Procurando cem por cento de tudo no nada Dentro de mim, amada