Nos chamam de loucos, de vagabundos Eu não posso aceitar tanta mentira assim Não vim pra esse mundo engolir Aquilo que seu dinheiro pode pagar Doa a quem doer As flores e as dores Sempre pagam o perdão E o perdão E o perdão Vem em notas de cifrão Da conta do seu causador E o perdão E o perdão E mil perdões Bebido em uísque doze anos Aceso em charutos cubanos E o combustível pra girar o motor Vem da sola dos cascos dos teus pés Vejo fumaça sair das chaminés Das fábricas que nunca param de rodar E por trás dos comerciais Que vendem com sorriso encantador Toda paz do planeta e muita dor Toda paz do planeta e muita dor E o perdão E o perdão E o perdão Vem em notas de cifrão Da conta do seu causador E o perdão E o perdão E mil perdões Bebido em uísque doze anos Aceso em charutos cubanos E mesmo assim Nos chamam de loucos Nos chamam de loucos Nos chamam de loucos E eu não posso aceitar Quando nos chamam de loucos Quando nos chamam de loucos Quando nos chamam de loucos Loucos, loucos, loucos, loucos