O dia nem bem amanhece Já estou de pé Tomo um gole de café E vou cuidar da plantação Seu moço, confesso que nem Falar direito eu sei Mas aqui, eu sou um rei No meu pedaço de chão Trabalho a semana inteira No cabo da enxada E mesmo assim eu não troco por nada Essa vida do interior Moro numa casa simples Lá no pé da serra O meu prazer é trabalhar a terra O meu orgulho é ser um lavrador E quando o Sol vai se escondendo Lá na imensidão Que eu já cuidei da plantação Que a minha parte já está feita Eu olho para céu até aonde A minha vista alcança E peço a Deus que mande chuva mansa Que seja farta a minha colheita Seu moço, eu faço da roça A minha paixão Não tenho preguiça, não De derramar o meu suor Eu trago as mãos calejadas Do cavo do arado Eu dou um duro danado Mas faço tudo com amor Domingo sempre vou à igreja Com a minha família Agradecer por essa maravilha De ter saúde pra se trabalhar Sempre me reservo o tempo Que ninguém me tira Para cantar uma moda caipira Que é muito bom pra gente se alegrar E quando o Sol vai se escondendo Lá na imensidão Que eu já cuidei da plantação Que a minha parte já está feita Eu olho para céu até aonde A minha vista alcança E peço a Deus que mande chuva mansa Que seja farta a minha colheita E quando o Sol vai se escondendo Lá na imensidão Que eu já cuidei da plantação Que a minha parte já está feita Eu olho para céu até aonde A minha vista alcança E peço a Deus que mande chuva mansa Que seja farta a minha colheita