Bem vindo ao faroeste, aonde a guerra é fria Corpos ficam no chão a espera da pericia Dinheiro fácil, no país do carnaval Escravizando o pobre nesse mundo desigual Sem os pais, criança vira mercadoria Exportada pra Europa, simulando pornografia Tem gente que se orgulha de ser brasileiro Escravidão existe, desde o navio negreiro Donos de emissoras com carros de um milhão Jogando moeda na cara de quem não tem uma refeição Morros e vielas viram cenário turístico Pra campanha eleitoral, eles mostram um país pacifico Sem drogas, sem armas, escolas em atividade Para a burguesia vim aqui e não ver a verdade Cidade escura, sentimento amargo A dor se espalhou, desde a época do calvário Bem vindo ao faroeste, aonde Judas fez o certo Ceifador leva a alma, para um caminho deserto Jesus não reparte o pão, esmola é salvação O brinquedo é pistola, lotada de munição Ainda vejo sangue, jorrando fora do corpo Donos de empresa quer ver o pobre morto Campanha de publicidade, Falso moralismo Caminhando sem parar, rumo a um abismo Com o coração de pedra e os olhos vendados Vendendo sua alma pro novo candidato Escolas em greve, sem biblioteca Formação de quadrilha, criança analfabeta Somos todos escravos do maldito dinheiro Vivendo na miséria, povo brasileiro Soldados do dia a dia, guerrilheiros atuais Trabalhando no Sol, por 500 reais Tijolo e inchada, ferramenta de trabalho Carregando carrinho e suor derramado Inocente espancado é campanha pela paz Tem discurso de Jesus mas age feito Satanás Bem vindo ao faroeste, aonde Judas fez o certo Ceifador leva a alma, para um caminho deserto Jesus não reparte o pão, esmola é salvação O brinquedo é pistola, lotada de munição