Moleque bolado, é o que mais tem na vila Mente homicida, olhar de terrorista Aos doze joga bola, na quadra da escola Correndo na rua e não empunhando uma pistola Sonhos em pedaços, coração amargurado Tendo lembranças do seu pai alcoolizado Sua mãe saia cedo, pra fazer faxina Ganhava cinquenta reais como diarista O dia sozinho, só o fazia pensar Que tinha que trabalhar pra se sustentar Mas na quebrada, não existe exemplo O mais bem de vida, foi solto esses tempo Eu faço o que quero, a hora que eu quiser Me chamam de senhor e nos contato é só mulher Eu sou respeitado na quebrada eu sou um rei Senta ai e observa o império que criei Se tu quer dinheiro, é só me procurar Quem sabe um dia tu fique no meu lugar Ele aceito, sem hesitar Mas o futuro da com uma mão e com a outra vem tirar Sangue no necrotério, marionetes do sistema A marcha fúnebre, esse é o tema A cena é real não é reprise de filme Ninguém vai sobreviver na faculdade do crime Hoje adulto, sem ligar pra nada Tocando o terror com os mano da quebrada Com o bolso cheio só o whisky e Red Bull Cocaína e motel até o céu fica azul Numeração raspada, diversos calibre Mente brilhante, arquitetando crime Tudo planejado, agencia mapeada Dois numa moto e um carro a uma quadra Rota de fuga, também esconderijo Um fica na contenção com o dedo no gatilho Frio na espinha, na hora de invadir Eu vou senta o dedo se o vigia reagir Eu quero a minha cota, dormir tranquilamente Quem se mover, fala com Deus pessoalmente Pega os refém e leva os celular Vai engoli chumbo, quem não colaborar Sem deixa pista, sumiram na fumaça Duas horas depois, festa na quebrada Tudo vai ser diferente, daqui pra frente Cinematográfico o sequestro do gerente Sangue no necrotério, marionetes do sistema A marcha fúnebre, esse é o tema A cena é real não é reprise de filme Ninguém vai sobreviver na faculdade do crime Amanhece na quebrada eu vejo rosto conhecido O bom dia da minha mãe acompanhado de um sorriso Todas coisas boas, me fazem pensar Em sair da quebrada e ir pra outro lugar Mas não posso desistir, da fita com os parceiros Do corre do dia a dia, atrás de um dinheiro O clima tá estranho, o dia tá pesado Recebo a ligação de um dos aliado O zé foi baleado, na esquina do bar A polícia chegou e começou a atirar Não tinha escapatória, até o João foi preso Todos que passavam ficavam de joelho Uma cena triste, lamentável de ver A morte de um parceiro que eu vi crescer Escuto um barulho, tiro, pé na porta No chão da sala minha coroa quase morta Em troca da liberdade, João me cagueto Troca de tiros e sangue no corredor Por um vacilo, destruíram minha vida No meu último suspiro vejo a cara do traíra Sangue no necrotério, marionetes do sistema A marcha fúnebre, esse é o tema A cena é real não é reprise de filme Ninguém vai sobreviver na faculdade do crime