A água, essa filha primeira, nascida da fusão aérea, não pode renegar sua origem sensual e, na terra, ela se mostra com celeste onipotência como o elemento do amor e da união... não é em vão que os sábios procuram nela a origem de todas as coisas... e as nossas sensações, agradáveis ou não, não são nada mais, afinal, que as diversas maneiras do escoar dessa água original... essa água que existe em nosso ser. O próprio sono não passa do fluxo desse mar invisível, universal, e o despertar é o começo do seu refluxo. Vós, as Águas, que reconfortais, Trazei-nos a força, A grandeza, a alegria, a visão! ... Soberanas das maravilhas, regentes dos povos, as Águas! ... Vós, as Águas, dai sua plenitude ao remédio, a fim de que ele seja uma couraça para o meu corpo, e que assim eu veja por muito tempo o sol! ... Vós, as Águas, levai daqui esta coisa, este pecado, qualquer que ele seja, que cometi, esse malfeito que fiz, a quem quer que seja, essa jura mentirosa que jurei... e não sei... Letra de DHENOVA & CHEVALIER Música de SACHARUK