Eu não sou muito Bem educado Mas gosto de Supermecado Odeio quando Eu to carente E ela vai embora É possível Que eu não Vá pro céu Mas eu tenho Estado Com mel Peguei três mulheres outro dia na mesma hora Tenho saudades das minhas putas tristes Saudades das minhas putas felizes O meu gato preto ataca quem ele não conhece Às vezes eu tomo calmante Nem sempre sou um bom amante Mas deixa disso, Deixa que eu me arrumo e não me esquece Eu não escovo tão bem os meus dentes Não suporto tomar leite quente Gosto muito de sexo, mas às vezes canso Eu gosto muito de ler gibi Gosto de ver filmes que eu já vi E o meu gato preto às vezes Briga com o meu ganso Tenho saudades... Eu faço versos como quem chora De desalento, de desencanto Fecha o meu livro, se? por agora Não tens motivo nenhum de pranto. Meu verso é sangue. Volúpia ardente Tristeza esparsa, remorso vão Dói-me nas veias. Amargo e quente Cai, gota a gota, do coração. E nestes versos de angústia rouca Assim dos lábios a vida corre Deixando um acre sabor na boca. Eu faço versos como quem morre.