Magras esperanças Gente obtusa O mundo acabando Rimas atrozes Direitos tombando Gente se lixando A minha miséria Vergonha alheia O desemprego Cambada notívaga Eu te jurei A cela te espera A perna quebrada Mamãe ficou surda A gente caindo O mundo seguindo A cabeça explodindo E eu engolindo A minha miséria Já está feita Sem minha arte Eu me destruiria É que eu sou um eterno aprendiz Não sabe o que faz, tampouco o que diz Vou vivendo meu tempo efêmero Sonhando e fazendo o mesmo Entre as coisas que chamo de belas Vou fazer coisas belas Fazer coisas belas com elas É que a música possui detalhes O seu batom do colarinho à boca Repetindo isso até ficar rouca Não sei mais viver neste cenário Intrigas, litígios, coisas do baralho Estou confuso no seu fuso horário Minha cabeça já virou parafuso Eu te rejeito e eu sou rejeitado Odeio o vizinho e seus papagaios Buzina na rua, a mulher menstrua Não adianta tirar selfie nua Tem que ser dois Você tem que ser três