Talvez agora me entenda mal A sua carta, eu vou ignorar Porque além de ti não há mais nada Sem você aqui, eu não tenho nada Seus olhos, o Desassombrado As respostas que eu encontrei ao seu lado O olho que te fez parecer errado Ser consciente das suas correntes Deve ser tão só Tão só, sem seus olhos Aqui, pra mim, olha pra mim Essas memórias vem me amarrar Talvez não lembrar não seja assim tão mal E de novo o mesmo final, eu sei Mas se realmente puder mudar? Mas se o Medo vier me afastar de ti mais uma vez? E se a morte vier devorar? Ainda vou te encontrar Dentro da catedral Um eterno Manancial Pilares de Deus comandando seus olhos Em nome do Outro Final Sentado num Trono de Corpos E mesmo que eu sempre te lembre, nunca me entende Caminha entre os mortos Não precisa fazer isso só As respostas que eu encontrei na Catedral E tantas mortes causadas ao Deus do Medo Se tudo for se consertar no Outro Final E finalmente acabar com esse pesadelo Essas memórias vem me amarrar Talvez não lembrar não seja assim tão mal E de novo o mesmo final, eu sei Mas se realmente puder mudar? Mas se o Medo vier me afastar de ti mais uma vez? E se a morte vier devorar? Ainda vou te encontrar Dentro da catedral Ó ser Desassombrado Eu vejo seus olhos em mim Se isso for um adeus Vá, Desassombrado Faça a escolha que ninguém pode fazer Faça acabar, sem final nem início Nem toda história é sobre sacrifício