Eu me chamo de vândalo, como alguém me chamou Mas pode me chamar como quiser seu doutor Eu não tenho nome Eu não tenho identidade E nem tenho certeza se sou gente de verdade Heee chama-me o que quiseres sô doutor Vândalo, marginal, esse teu discurso já tem bolor Se a tua vida é um arco iris, a minha é incolor Põe-te na minha pele se queres sentir a minha dor Mamei uma garrafa de tentação Pra ceder a tentação de apedrejar a tua mansão Enquanto só discutes, eu vivo essa inflação Da próxima que abrires a boca sais com uma inflamação Informação: Eu não sou mais um número na estatística Espero que percebas isso quando te roubo mais uma pisca Desista, se roubar é arte, eu sou artista Vejo-te no estrela a procura duma pista Que se lixe o branco da paz, um gajo com fome é racista A única cor que tolero, é o vermelho da guita Por isso não me venhas com esse discurço marginalista Marginais existem porque alguém marginaliza Pra somershield 16 apartamentos de luxo Pra xipamashield 16 amontoamentos de lixo E ainda perguntas porque é que eu falo sujo? Pra que eu te respeite, dá-me o respeito que exijo! Só empresários do partido fazem negócios em maputo? Nas minhas ruas também só os meus vendem o produto Traição é crime, aqui também paga-se com sangue Dou o primeiro tiro como dizem que fez chipande Já tentei a vida nas terras do rand Formei quadrilhas, vocês não são a única gang Vêm com vandalismo político, trazemos pneus e gasolina Fósforo, pedras, paus, ainda por cima A coisa vai doer, vais implorar por vaselina Djs dessa merda, pergunta o rajoelina Este é o liricismo do vândalo Eu vandalizo mesmo, não perco tempo com escândalo E vou queimar as ruas com DJ relâmpago Estou pronta pra queimar as ruas Nem que estejam no teu comando Estou pronto pra queimar as ruas Com DJ relâmpago Estou pronta pra queimar as ruas Nem que estejam no teu comando Estou pronto pra queimar as ruas As ruas Põe-te a pau, senão alguém enfia-te um Só na semana passada bro, linchamos mais um Isto é bairro sub-urbano, polícia é o cidadão comum Fazemos as nossas leis, se vocês não fazem nenhum Mamparas! Mamparas de duas caras Uma é cara do crime, outra cara das câmaras Eu já vos venho observando há muitos anos Discursam diarreia, trocam a boca pelo ânus E a única maneira de eu estar onde vocês estão É se os meus boxers entrarem em reunião Nah, ponho as jeans só, pé na estrada Na mafalala vendo a planta pra alunos da manyanga Da armando guebuza e da luta armada Perdão, essa escola ainda não foi inaugurada Eu sou o vândalo aquem vocês negaram pão e escola Peço a tua carteira pra o meu filho não pedir esmola Uma vez fui parar na gaiola Entrei macho na machava, mas não saí boiola Jurei nunca mais meter o pulso na argola Quando a coisa amarga, eu cuspo com a pistola Sem escola, sem escolha A coisa mais ho-ho-nesta que fiz, foi insultar essa escória E só porque minaram o serviço de manifestações socias (sms!) Não pensem que mataram os ideias E cada vez que vocês matam mais um hélio Alimentam a minha ráiva com mais oxigénio Não preciso de wikileaks pra queimar o vosso império Nada melhor que ver o diabo a queimar no próprio inferno Gramo do estilo de música fela cuti Anti-regime, e sei que a tua velha curti A vida é uma merda, e eu não espero que ela mude De cheiro, mesmo que a moscaria mude