E nesta fria noite que começa Eu caminho sob as luzes dos postes A árdua esperança em mim que carrega O canto e coros das aves por estrofes Agora as vejo negras, pois me cega Do breu que cresce aqui dentro, dos cortes Emitindo uma luz fraca bem distante Que se afunda em minha alma dissonante Ao meu lado, o parque e dez crianças Elas brincam, correm, gritam, se escondem Como se não houvesse um único homem Aguardando-as, com perseverança Que talvez pudesse dizer para elas Que há criaturas habitando as trevas Mas não é que a inocência é assim? Os fortes não irão se acanhar Encorajando quem irá enfrentar No fim da história, o rei carmesim Com a espada de prata em suas duas mãos E que suas mortes não sejam em vão Mas não é que a inocência é assim? Os fortes não irão se acanhar Encorajando quem irá enfrentar No fim da história, o rei carmesim Com a espada de prata em suas duas mãos E que suas mortes não sejam em vão E que as lágrimas dos entes queridos De alguma maneira são sim abrigos Para as almas dos caídos perdidos Em seus túmulos vão descansar em paz Para que enfim, não sofrer jamais