Num vazio inevitável Uma perseguição incansável Mata na alvorada O medo se alimenta mais uma vez Daquele vulto em sua casa Descendo as escadas As luzes se apagam E as paredes se afastam O barulho acompanha O clarão Estremece os vasos Se despedaçam pelo chão O medo pelo desconhecido toma a alma Preso em sua própria casa Os amigos imaginários Saem dos armários Num vazio inevitável Uma perseguição incansável Mata na alvorada O medo se alimenta mais uma vez Daquele vulto em sua casa Descendo as escadas As luzes se apagam E as paredes se afastam O barulho acompanha O clarão Estremece os vasos Se despedaçam pelo chão O medo pelo desconhecido toma a alma Preso em sua própria casa Os amigos imaginários Saem dos armários Cansado dessa humilhação Que escurece a visão Mais um dia que não se chega Esmagado e mastigado Pelo mal encorpado