Um feto, o parto preto Mato seco, nas esquina, nos beco Feito um animal O zelo O apelo Expõe que tá no ferro É do mau Violência é reincidente E escorre do inocente Coberto pela capa de jornal A faca afia a crença Na fé cega, a indiferença Reza, bate continência Se ajoelha e aumenta o pânico moral Batismo em banho de sangue Um gueto, mais do mesmo Feto feito, vende pino Apanha feito um animal O medo O azedo Que só quem tá no ferro Sabe o mau Violência não ofende Espanca e mata gente Distorce e banaliza o anormal A farda e a truculência Chama o BOPE e a incompetência Pra caçar o rebento preto Condenado com sentença do ancestral Batismo em banho de sangue Pedra e vidro Porrada e pau Granada, efeito moral A tapa, o esculacho O detrito, os gambé Limpeza da praça da sé O filho do estupro Maldade é pior Pretexto pra prender menor