Tu não deves temer quando o azul deste céu se abrir Tu não deves temer quando o verde da mata fluir E um anjo branco toca a alma em clarim E um anjo negro não quer saber mais de mim Tu não deves temer quando o pó do planeta subir Tu não deves temer quando o chão começar a ruir E um anjo negro toca a alma em clarim E um anjo branco não quer saber mais de mim A lua de prata Vira um ponto preto Não se sobra o brilho da estrela Dalva O sol bola de fogo Vira um pingo d'água Não escapa o riso é o fim da mágoa Tu não deves temer quando a guerra parar de fluir Tu não deves temer quando a fita da paz se partir E um anjo branco toca a alma em clarim E um anjo negro mostra a bandeira do fim A gente, a gente tá só dando um toque Não existe o centro, tá sabendo? A dor, o amor, a terra, a guerra O pobre, o nobre, tudo é emprestado Tudo é, é por enquanto, não sabe? Centro né não, muda Não muda, Paulinho? Tem que mudar, tem que mudar A gente ta só dando um toque É um toque, num sabe? Quem se tocar, se tocou Quem se toca, se toca, né Paulinho? É isso aí! Não se tocando, a gente dá um toque, né A gente dá um toque, é um toque É um toque, num sabe?