(O culpado é o destino, meu pai, de tu não tá junto comigo) (Só resta dobrar o joelho, em roda do teu jazigo) (E uma tristeza que mundo afora cê vai) (Já que não tenho meu pai, canto pro pai dos amigos) Para escrever esses versos, minha ideia despertou Para o meu pai que tombou, sem pelear, sem ter defesa Com muita delicadeza eu fiz esses versos pra ti Prometi e te escrevi, porém com muita tristeza Do meu pai hoje só resta saudade e recordação Das empreitadas de peão que eu e você fazia Não pensou que aquele dia pranchasse na correnteza E nem esperava a surpresa de morrer na covardia Igual um touro faqueado, parece até que estou vendo Aquele teu sangue correndo e tu não poder resistir Muitas vezes me divirti, mundo afora com esse qüera E meu peito, cê desespera Sentindo falta de ti Um golpe bravo igual a esse, não tem coração que aguente Perder um pai covardemente, uma lembrança persiste Não tem taura que resiste, este golpe de maldade Hoje só resta saudade e um filho que canta triste (Quem ainda tem seu pai vivo, zele ele e trate bem) (Respeite e considere que igual ele outro não tem) (É o esteio do seu lar) (E não adianta chorar depois que for para o além)