Um longo entardecer, vigília de nós dois Vem sitiando esse lugar, desordem de um céu Crepuscular em nós, desgovernando as luzes O vento te uivou e a janela abriu Sobrou nada a dizer Então, sorrimos estranho Nos dentes, algo aterrador Fratura exposta de um sonho E eu vi A cidade acender Brota celestial no chão Te dizer adeus é o maior amor que eu sei Na violência da luz E vamos nos perder nos braços de milhões E tragar turbilhões de voz Um mar de opiniões, nas palmas dessas mãos, Iluminando a treva Se tudo se falou, agora eu vou ouvir e ver Tudo o que é e não se diz Fecha os olhos pra mim, que eu fecho os meus Deixa o sonho dormir, deixa outro nascer