Sentado no banco do coletivo A vida passa Cenário muda Sai Fumaça escura no cano do caminhão expõem fuligem Na vida cinza Picha cidades, distritos, conurbação A vida para segundos Sinal vermelho Não mais que trinta segundos, Espero e vejo A lata de tinta verde Despenca, cai O tempo inerte vermelho Verde se faz A vida segue tensão amarelada Em frente passa ao prédio da namorada O asfalto negro torna-se multicolor, desce Do coletivo ao encontro com o amor Talvez encontre sabor na contramão O contraponto do amor O Desencontro, então... Verde e vermelho oscila o amor que cai No desespero amarelo que vida vai... A vida para segundos Sinal vermelho Não mais que trinta segundos, Espero e vejo A lata de tinta verde Despenca, cai O tempo inerte vermelho Verde se faz