O tempo da fera virá Com o tempo oposto do seu coração E virá tão furioso Como as lavas de um vulcão Sinto o meu tempo Lentamente se acabar As visões do meu presente A desmoronar Como se tudo a minha volta Fosse feito de papel Vejo a escuridão que me chama Me jogando à noite, ao léu Eu sou a vida de tudo Eu sou o céu e o mar Eu sou a fala do mudo O amor de quem sabe amar Eu sou a doença incurável A falta de educação O ódio insuperável Além da imaginação Eu sou a tua esperança Eu sou a paz e o amor A face de uma criança O sonho do sonhador Eu sou a vida eterna Eu sou o bem e o mal O amor que não se completa Eu sou um ser astral Sinto que meu tempo Está longe de se acabar Quero viver o meu presente Não desanimar E tudo que vejo em volta Me deixa mais perto do céu A vida sempre girando Lentamente como um carrossel Eu sou o início de tudo Eu sou a tua razão Eu sou a escrita no muro O fim da escuridão Eu sou a serpente do fogo Do céu, da terra e do ar Eu sou a esperança do novo E a chance de recomeçar Eu sou o suor do pobre Dominado pelo do patrão Eu sou o sangue do nobre O pão de um pobre cristão Eu sou a cura impensável O alívio que a vida traz O amor inseparável Eu sou Guerra e Paz Sou herança, sou o aço, sou o fogo Sou criança, sou o velho, sou o moço Sou furacão, sou vento, sou tormenta Sou intelectual, ingênuo, sou o que não pensa Sou mentira, sou verdade, sou o tempo Sou intriga, sou a guerra, sou o alento Sou o mistério decifrado, sou tua razão Sou o império conquistado, pelo teu coração Sou correto, sou a certeza, sou a dúvida Sou o antigo, sou a paz, sou a fúria Sou a escrita - incorreta e precisa Sou a sentença de morte, sou a força da vida Sou a fome, sou a comida, sou a água Não sou a mão que te condena, mas que te salva Não sou a mão que te condena Não sou a mão que te condena, mas que te salva Não sou a mão que te condena Ah-ah-ah Ah-ah-ah Ah-ah-ah Ah-ah-ah