Mais um dia que se acaba Estou na porta de entrada de uma madrugada fria Do 15° andar, com um copo de whisky na mão Eu vejo a cidade terminar depois daquele poste só escuridão Sintonizo uma rádio da cidade Só flashback, me recorda a infância quanta saudade Eu sinto falta daquelas cartas perfumadas Da fita cassete, daquela revista da banca da praça O Conga da escola, canetinha multicor Estojo de madeira, beijo do primeiro amor O Fusca e a Belina, perfume da menina Opala envenenado fazendo zero na esquina Sozinho-o-o-o Daqui de cima eu sinto tanto Frio-o-o Nessa madrugada que parece não ter fim