Tu criastes tantos muros, tantos mares horizontes Mas deixaste pra outro sonho a segurança das pontes Tu ficaste olhando o nada fitando o céu e o oceano E esquecestes que teus olhos levavam meus desenganos Perdeu-se o olhar mas afora, teus olhos verdes parados Enquanto buscavas longe não me viste do teu lado Quis eu nadar ao poente pra prender-te em minha rede Mas o mar era gigante e engoliu a minha sede Agora no meu delírio miras o sol submerso lá Teus olhos são estrelas Agora no teu delírio miras o sol submerso lá Meus olhos são estrelas Teu delírio miras o sol submerso Meus olhos são estrelas que agora Moram em teus versos Moram em teus versos