Eis um menino que um dia abriu a janela do mundo E viu de tudo E viu de tudo O foguetório era pra avisar quem chegava no morro Era o tempo todo Era o tempo todo E o menino fechava a janela Registrava os seus pensamentos Pouco a pouco se tornou poeta E ergueu com palavras todo seu intento Se a cólera colhe aquilo que semeou O que a acolhe planta Serpente destila veneno interior Fertilidade alcança Por todos os lados desamar desamor Vírus da atualidade Se não arrancarmos raiz dessa flor Receio que o amor acabe