Fui atrás do vento Dos sons da multidão Busquei no trovão Tentei Te ouvir na agitação Mas foi no silêncio Sem palco sem som Que percebi Tu sempre estiveste aqui em tom Enquanto esperava fogo cair do céu Tua presença veio como um sopro fiel Não foi no estrondo Mas na quietude Que entendi o peso da Tua plenitude Não é na pressa que Te escuto bem É quando calo o mundo que a Tua voz vem No silêncio Ele fala Quando tudo cala Sua voz invade Sem fazer alarde No silêncio Ele fala Quando tudo cala Sua voz invade Sem fazer alarde Aprendi a não correr Mas permanecer A esperar no secreto Pra então entender Que quando a alma para de gritar É que o céu começa a revelar Não é no ruído que Ele quer entrar Mas na entrega de quem escolhe escutar No silêncio Ele fala Quando tudo cala Sua voz invade Sem fazer alarde No silêncio Ele fala Quando tudo cala Sua voz invade Sem fazer alarde