Uma lástima que persegue, historicamente exposta Ascende, infecta, profana, justiça Nem cruzes, nem prata, estacas Ocupando o coração das desigualdades Estacas, estacas, estacas Trazendo o horizonte Distante das utopias Sepultando senhores Germinando diversidade Linhagens pálidas da escuridão Crias de reinos, impérios, feudos Mandatos, monopólios, coronelados Oligarquias, ditaduras e capitanias Perpetuam-se nas sombras Donas das terras e ainda ricas Estacas, estacas, estacas Numa realidade de mentiras A verdade é como o Sol Orienta e purifica Mas demanda ação Queima inertes e cega espectadores Cada vez menos empregos Cada vez mais longe Cada vez menos remunerados Cada vez mais cadáveres Culpadas pela pobreza Culpadas pela inocência O povo definha Psicopatas roubam o futuro Impactos ambientais, epidemias, guerras Oportunidades excepcionais Tudo é produto e um dia será deserto Estacas, estacas, estacas