Quem são esses que tapam Suas próprias covas Que com golpes de uma pá enferrujada Laçam terra seca, árida e sem vida Sobre seus corpos Na falta d'água, na falta de fé Na falta de comida, no fim das suas vidas Pelas estradas, sujos e carentes Choram o leite que não viram derramar A terra também, cobre a estrada da vida Cobre dos pés a cabeça aqueles que gritam E correm atrás de você Pedindo pão e água e um pouco de atenção Mais seu egoismo, seu partido Fazem você deixar para trás Meninos da estrada Estrada da vida Que se consomem em meio a pobreza E a tristeza Suas almas choram seus enterros Onde são eles os mortos e os próprios coveiros A terra também cobre a estrada da vida, Cobre dos pés a cabeça aqueles que gritam E correm atrás de você Pedindo pão e água e um pouco de atenção