As minhas mãos imperfeitas Não podem costurar sozinhas O teu olhar de carinho É que sempre vem me ajudar A vizinha quer andar sem roupas Sabe as medidas de um coração Quadris largos, ombros curtos A vizinha não chorou em vão. Ao passar o tempo costurando sonhos Ela ensina minhas mãos vazias O passeio no algodão macio A fechar as ferias que eu mesmo abri. As mãos e os pés e o lado São do amor E é melhor deixar Como está. As minhas mãos imperfeitas Não podem costurar sozinhas As tuas mãos são perfeitas E vestem as minhas. Nesta loja sem vitrines Nada é pronto É preciso entrar e se deixar medir Se deixar vestir, se deixar levar Alfaiataria.