Passos, rápidos, precisos ou não Vozes clandestinas sem medo Olhos, bocas, perdidos no desejo No caldo da malícia são sombras Imagens que nevam a verdade Somos gente, gente, temos algo a fazer A cidade está com raiva, está doente E eu também Tenho medo do absurdo que já é normal Tenho medo de explodir tudo E dar o braço indiferente Não é assim tão simples nossa vida O certo não é qualquer opção A liberdade não é gosto, opinião E então não temos muitos caminhos Corre o rio, corre Pra não inundar Corre porque nasce limpo sempre Corre para nos alcançar Correr para nos alcançar