Boiadeiro não vá embora, por que despreza nosso sertão? Quem viveu só nas estradas sempre teve o laço na mão Cortando as verdes colinas, dobrando serra no chapadão Não deve deixar o gado pelos prazer de outros rincão Pensei que você está velho mas nunca deve mostrar o fracasso Recorda dos pantaneiros que foi quebrado pelos seus braços Quantos marruás valente já foi seguro com o seu laço Não lembras das arribalda que foi na chincha do seu picaço Somente a sua lembrança, ô boiadeiro você vai deixá Nunca mais nessas querência nóis vamos ouvir o berrante tocá Os seus gritos de saudade vão deixar eco neste lugá Boiadeiro por que parte, na sua ausência nóis vai chorá Ao chegar em outras terra leve o abraço deste mineiro Nóis todos sente saudade porque foi embora o boiadeiro Do seu chapéu aba larga tem a poeira dos pantaneiro E no seu peito de aço leve a lembrança dos companheiro