E há o dia Em que tudo se resume Em vencer os segundos, minutos, horas Mescla viscosa de desalento e rancor Nada que se pense é verdadeiro ou falso Paira no ar Repentino cansaço De gestos repetidos E não se sabe dizer nada Que já não tenha sido ouvido A angústia Fenda em precipício no peito Ignoradas e profundas Suas moradas Nem se sabe se ele Precipício É seu ponto de partida ou de chegada Ah, se o tempo parasse Nem sei se dor ou se saudade Alegria ou felicidade Me liquidariam primeiro