Teu olhar em riste já se move contra A vida diz espera e o tempo vai devagar Tu envelhece jovem, olha que ironia! O relógio acelera numa estranha agonia Sem nem uma opção, nem plano a seguir Me afundo em perguntas regando todas em mim Quem eu posso ser? Onde eu posso entrar? Aonde eu devo ir? O que eu vou me tornar? Amanhã há de vir outra forma melhor De por minha alma como um rio que corre da nascente a foz Percorrendo todo canto como o encanto que a vida pode dar E aqui dentro, cá estou eu, vulnerável Não me olhe, eu não quero lembrar do que já não tenho mais Nem sei de onde vem tanta tristeza Do abandono que é continuar Continuar?