No aterro a céu aberto Moscas tontas zumbirão Vira-latas todos perto A esperar os caminhões Carregados de cabeças e corações Doce mundo dos insetos Com seu cheiro, seu odor Vai apodrecendo o feto Triste fruto do amor O aterro sanitário Cobre toda a podridão Cobre a moral inorgânica Que enterrou a multidão Tudo podre no aterro Tudo em decomposição Donde surge sem um vício Uma flor pra dar início A uma nova geração