Mocambo de crioulo sou eu, sou eu Tenho a raça que a mordaça não calou Ergui o meu castelo dos pilares de Cabana Dinastia Beija-Flor Mocambo de crioulo sou eu, sou eu Tenho a raça que a mordaça não calou Ergui o meu castelo dos pilares de Cabana Dinastia Beija-Flor A nobreza da corte é de ébano Tem o mesmo sangue que o seu Ergue o punho, exige igualdade Traz de volta o que a História escondeu Foi-se o açoite e a chibata sucumbiu Mas você não reconhece o que o negro construiu Foi-se ao açoite e a chibata sucumbiu E o meu povo ainda chora pelas balas de fuzil Quem é sempre revistado é refém da acusação O racismo mascarado pela falsa abolição Por um novo nascimento, um levante, um compromisso Retirando o pensamento da entrada de serviço Versos para cruz, Conceição no altar Canindé, Jesus, oh, Clara! Nossa gente preta tem feitiço na palavra Do Brasil acorrentado ao Brasil que não se cala Versos para cruz, Conceição no altar Canindé, Jesus, oh, Clara! Nossa gente preta tem feitiço na palavra Sou o Brasil que não se cala Meu Pai Ogum, ao lado de Xangô A Espada e a Lei por onde a fé luziu Sob a tradição Nagô O grêmio do gueto resistiu Nada menos que respeito, não me venha sufocar Quantas dores, quantas vidas nós teremos que pagar? Cada corpo um orixá, cada pele um atabaque Arte negra em contra-ataque Canta, Beija-Flor, meu lugar de fala Chega de aceitar o argumento Sem senhor e nem senzala vive um povo soberano De sangue azul, nilopolitano Mocambo de crioulo sou eu, sou eu Tenho a raça que a mordaça não calou Ergui o meu castelo dos pilares de Cabana Dinastia Beija-Flor Mocambo de crioulo sou eu, sou eu Tenho a raça que a mordaça não calou Ergui o meu castelo dos pilares de Cabana Dinastia Beija-Flor A nobreza da corte é de ébano Tem o mesmo sangue que o seu Ergue o punho, exige igualdade Traz de volta o que a História escondeu Foi-se o açoite e a chibata sucumbiu Mas você não reconhece o que o negro construiu Foi-se ao açoite e a chibata sucumbiu E o meu povo ainda chora pelas balas de fuzil Quem é sempre revistado é refém da acusação O racismo mascarado pela falsa abolição Por um novo nascimento, um levante, um compromisso Retirando o pensamento da entrada de serviço Versos para cruz, Conceição no altar Canindé, Jesus, oh, Clara! Nossa gente preta tem feitiço na palavra Do Brasil acorrentado ao Brasil que não se cala Versos para cruz, Conceição no altar Canindé, Jesus, oh, Clara! Nossa gente preta tem feitiço na palavra Sou o Brasil que não se cala Meu Pai Ogum, ao lado de Xangô A Espada e a Lei por onde a fé luziu Sob a tradição Nagô O grêmio do gueto resistiu Nada menos que respeito, não me venha sufocar Quantas dores, quantas vidas nós teremos que pagar? Cada corpo um orixá, cada pele um atabaque Arte negra em contra-ataque Canta, Beija-Flor, meu lugar de fala Chega de aceitar o argumento Sem senhor e nem senzala vive um povo soberano De sangue azul, nilopolitano Mocambo de crioulo sou eu, sou eu Tenho a raça que a mordaça não calou Ergui o meu castelo dos pilares de Cabana Dinastia Beija-Flor Mocambo de crioulo sou eu, sou eu Tenho a raça que a mordaça não calou Ergui o meu castelo dos pilares de Cabana Dinastia Beija-Flor Oh, oh, oh, oh (Alô, Brasil! Alô, mundo!) (O carnaval voltou!)