Oh Toda vez que paro pra refletir Corro o risco de cegar os ímpios Tanto esplendor tornou o desacreditado no imbatível O abominável homem do sol a pino Asas pra sobrevoar o alumiar bravio Escorre pelos dedos, abrasivo Tudo que toco se tempera Empunho a lâmina, avanço à guerra Cerração cai, o sol se esmera Murilo me recita o trecho de um livro Te aconselho a ouvi-lo, ele é um bom menino Nada novo sob o sol Fui me aconselhar com a lua E ela me contou que a vida apenas continua Violentamеnte sem pena, sеm remorsos O tempo não recua, estou próximo O novo sonho, um antigo propósito exorto Galanteio próspero Sobre os quarteirões inóspitos Meu time vencerá Sou alvinegro até os glóbulos (vermelho) Vermelho é a cor do tapete que te lisonjeio Acordo em seus seios Esqueço-me do mundo Dos impunes, dos corruptos Pinto a tela sem escrúpulos Com a grafia do absurdo Gracioso, espontâneo E, obviamente, bruto Eia Dois mil e sempre Água, água, água Mesmo sabendo que nem tudo é guerra Não caio do cavalo Não largo o canivete Por que fui voar pro sol com asas de alumínio? Pureza de menino Não volta quando perde Dom Quixote atravessando a galope Fui com meu filho na Norte Tomar casquinha no shopping Já era Anos atrás eu só passava na porta Hoje eu entro chei' de nota Por pura vingança Eu lembro Quando ouvi A Terça Parte da Noite A gente era jovem O baseado até batia mais forte A manga do pé era até mais doce Todos caminhos me trouxeram hoje Até os fracassos Ai de mim se não fosse (ai de mim) Todos caminhos me trouxeram hoje Até os fracassos Ai de mim se não fosse (ai de mim) Ayudame Água Foi com esses cacos de vidro Que fabriquei meu cerol Banhei essas linhas Refiz essa trama (refiz a trama) Foi com esses cacos de vidro Que fabriquei meu cerol Banhei essas linhas Refiz essa trama de novo Eu finalmente pude sentir Deus Num dia de sol qualquer Ele era a distância entre meus dedos E sua mais perfeita criação Num obstáculo vazio Onde apenas as mais honestas palavras seriam a solução Nem mesmo a solidão libertadora foi o suficiente Pois ele sabia que a honestidade do espírito deve ser sentida na pele Ouvi alguns zumbidos no ambiente São abelhas procurando a fonte de mel O simples foi suficiente Mas o que cativa o nosso povo sofrido É imaginar o que existe depois do infinito desse céu O que podemos ser O que seríamos é utopia Atirar contra as estrelas não transforma esses detritos em cometas Fazer diferente é não deixar seu prato sujo na pia Comece com o básico Se conheça Um exercício Sair do ponto morto Pois o ponto final é a morte E nenhum exercício te salvará desse tombo Não sou o lobo, nem o cordeiro Nem o lobo vestido de cordeiro Nem o cordeiro de Deus que grita "Lobo" pra toda liberdade e todo o desejo Não sou caçador, não finjo Sou as rosas que nasceram no terreno Afundo uma perna na terra preta Não descanço Durmo em pé como os flamingos Com os pigmentos mais vivos Deve ser meu sangue temperado, latino Alma manchada de momentos onde não mais existo Um rio vermelho fluindo Foi com esses cacos de vidro Que fabriquei meu cerol (meu cerol) Banhei essas linhas Refiz essa trama (refiz a trama) Foi com esses cacos de vidro Que fabriquei meu cerol Banhei essas linhas Refiz essa trama de novo Eu refiz essa trama de novo De novo E de novo Eu refiz essa trama Murica Salve Jovem Maka Alô, Beli Eu banhei essas linhas Aham Eia Meu cerol Refiz a trama Alma manchada de momentos Alma manchada de momentos