Lá no sertão quando é de madrugada A passarada principia o murmurar E os caboclos vão deixando a paióça E vão pra roça todos eles trabalhar E se reúne as caboclinhas tão singelas E na capela todas elas vão rezar Pedir a chuva para as suas plantações Que lá na roça os caboclos vão semear À tardezinha no selar da Ave-Maria Que o sol se esconde com seus raios prateados E a cabocla que espera no ranchinho O seu caboclo que vem vindo do roçado E ao chegar ao terreiro da paióça Eles se encontram e dão voltas abraçados E o caboclo que bem cheio de amargura Neste momento ele se sente aliviado E assim a vida dos caboclos brasileiros Estes que vivem lá no seio do sertão Eles se dedicam somente ao seu roçado E a cabocla que tem no seu coração Lá não existe ilusão e nem vaidade Eles só pensam em cumprir sua missão E nestes versos digo com sinceridade Que os caboclos são os gigantes da nação