Chão de Conceição, faz do Império esperança Chão de Conceição, faz do Império esperança Da frase, o verbo que nos traz poder É hora de vencer Olhos d'água, o destino a florescer A flor do mulungu resplandecer Ponciá viu riscar, o Sol no quintal da favela Fez do graveto caneta, do barro janela Halina, com fios de ouro ensinou Vicêncio moldou, o tambor pulsou Escrita encantada para eternizar Ora iê iê ô canjerê no olhar Sabela vem trazendo a bonança Fez no dilúvio o navio mudança Serrinha vive para escreviver A gente combinamos de não morrer Se a bala é sentença, o corpo é refrão Do pretuguês no tom, rasga a opressão Casa feita de livros favela espiral Ainá renasceu, terreiro real Negros-estrelas brilham no céu O trono é do povo, não cabe em papel Escrevivência, é festa, é revolução Flores d'ontem-hoje-amanhã Em verde e branco, matriarcas em meu coração Enquanto tem gota de sangue nas veias Há tinta pra resistir Enquanto tem gota de sangue nas veias Vamos resistir