É sozinho que eu ando Sem quadrilha, sem bando, sem companheiro Sem major, sem comando Sem poder, sem desmando, sem paradeiro Eu vou cruzar sertão e mar, eu não sei se é dever Se é destino ou não, se é missão Trago em um verso na voz Levo uma canção no violão Varo serra e campina Claridão e neblina, céu de aguaceiro Ao revés da rotina Vou seguir minha sina, sou violeiro Eu vou passar manhã, luar Meus pequenos sinais vão ficando, vão Pelo chão, um poema, um cordel Uma louvação, um refrão Pedra, sal, areia, flor Rincão, qualquer lugar Norte, sul, grotão, maré O que couber no olhar Eu não sei o que vou achar Eu nem sei nem se vou voltar Eu não sei o que vou achar Eu nem sei nem se vou voltar