Eu tenho só dois destinos De cantor e domador Canto pras chinas nos ranchos E domo no corredor Sou metido a domador E domando potro me vou Facilita se ta xucro Em duas sova se domou Porem de todos os potros Tinha um dos mais malino Um zaino negro mestiço Apelidei de destino Ao quebrar ele do queixo Ficou “uns” mês redomão Sempre que botava as garra Forcejei dando tirão Depois de estar domado Era meu pingo dos arreio Um dia vi uma cena Que me cortou pelo meio Era o destino deitado Num funeral de coxilha Um raio guacho lhe pegou E acabou com minha tropilha Uma tropilha sem cavalo É cordeona sem ter botão Depois desse triste dia Nunca mais fiz redomão A vida tem só um destino Pois foi Deus quem criou Junto ao fogo da ronda O meu destino se apagou