Qual é o gosto da matéria, o gosto do perdão? O tempo da artéria, o pulsar da multidão? Qual é a cara da miséria, coração pagão? O compasso da gente, da gente, por quê? A gente, pra quê? Vou relevar tudo que não é Vou me livrar do que sou Vou relevar tudo que não é Vou me livrar do que sou Tanta coisa que cabe dentro de mim Que às vezes eu acho que eu tô louco Tenho medo de chegar perto do fim Das extremidades do meu corpo, do meu corpo Viver é uma pequena parte De um grande universo chamado eu Viver é uma pequena parte De um grande universo chamado eu