Mandei bala no rancor Enterrei a traição Expulsei a ambição Dei de tapa no furor Preguei susto no pavor Fiz o ranço remoer Extingui o mal-querer A malícia contornei Essas coisas eu matei Sem jamais me arrepender Condenei a maldição Detonei a malvadeza Acabei com a tristeza Botei riso na paixão Aboli a escravidão Implodi com o sofrer A doença, o desprazer Na intriga disparei Essas coisas eu matei Sem jamais me arrepender Botei força na moleza Destronei briga de soco Despertei o dorminhoco Excluí a safadeza Ao povo dei nobreza Enforquei o padecer Não deixei envelhecer O perigo esquartejei Essas coisas eu matei Sem jamais me arrepender Não sou de querer o troco Da humilhação velhaca Mandei a droga na maca De licença pro pau-oco Botei juízo no broco Ensinei pobre vencer Fiz a peste se render O castigo dizimei Essas coisas eu matei Sem jamais me arrepender