Boca de pito, paiero, dedo de prosa Botina no estribo toque de espora Partir bem cedinho com orvalho nas costas Cheiro de mato, capim molhado e roça Ventos gelados cortam rostos e crinas Cavalos suados cruzam rios e campinas Velhos vaqueiros seguem sua trilha Jovens campeiros aprendem com a vida Porteiras se abrem ao som do berrante Boiada passando tangendo o arame Nelore valente investe com os chifres Peão ligeiro segura o chapéu Sol a pino seca a mangueira Boi no curral levanta poeira Peonada lida com boi na balança E o capataz aparta a cabeceira Gado gordo muda de invernada Pasto novo de braquiária Tropa toda é dispensada Violas ponteiam o fim da jornada