Reza o vento que ela sonha Olhando a estrada longe de chegar Vilarejo, pé de serra Ainda guarda ali um bom lugar Rio manso, minha aldeia Quem levou meu caminhar Foi um casco de canoa E mais nada! Um amor de alma santa Clarão de vela na escuridão Duas vozes na guarânia Ou quando a chuva molha o sertão Um sumiço na poeira Não esconde a solidão Coração, meu bem, não mora Mais em casa Um balanço de gangorra Não é hora de partir Até onde vai a espera Minha senhoria Um afago no cabelo Coisa boa de sentir Ai de todo amor de longe Suspiro leva Era um poço de água boa Paisagem na boca de rio Hoje o vulto da pessoa Saudade no caminho