Vivemos como se não houvesse amanhã Adoecemos, sem reflexões no divã O mundo todo resumido a nossa história O importante é no final alcançarmos glória Morte do coletivo, ascensão do individuo A humanidade é um ente querido, falecido Lembranças de quando a gente sentia Antes disso tudo, pelo que cê vivia? Eu sei, nos distraímos demais Como chegamos aqui, ninguém se lembra mais Tenta subir pra superfície puxar um pouco de paz Tá fundo demais e bem distante do cais Sobrevivendo de caos, vivendo bem menos Não preocupamos com o futuro, por que lá não nos vemos Ausência de esperança em tudo que nós fazemos Isso dói no amanhã, porque as crianças estão vendo Odeie ele, atira nele, mata ele Mostra pra todo mundo que você é mais que ele Mas lembre-se, as crianças estão vendo As crianças estão vendo O amanhã é uma tela em branco O amanhã é uma tela em branco O amanhã é uma tela em branco O amanhã é uma tela Mais do que escolhas, falas ou atos Nessa vida cada passo dado é legado O que diz pro amanhã esses nossos atos O que eles vão fazer com tudo o que foi deixado Plantar guerra e colher paz, isso é utopia É tipo desligar a alma e querer poesia Se hoje tudo tá zoado, lembre-se foi plantado E pra amanhã isso mudar, não fique parado E o resultado da semente, talvez cê nem vê Isso a gente faz pensando em quem vai colher Pra florescer, antes temos que entender Que respeito é a terra pra vida crescer Qualquer coisa fora disso é sem profundidade Tipo bondade, com prazo de validade Até da pra viver como se não houvesse amanhã Mas o problema é que sempre vai haver amanhã Rouba ele, aproveita dele, zoa ele Despreza e humilha tudo o que faz parte dele Mas lembre-se, as crianças estão vendo Viu? As crianças estão vendo O amanhã é uma tela em branco O amanhã é uma tela em branco O amanhã é uma tela em branco O amanhã é uma tela