Só gradece quem fortalece esse VL da VN Nem precisa da fala até calado os loko entende Noroeste interior paulista, resiliente Dos maloca Ferpa city também sou linha de frente Combatente, guerrilheiro descendente de Marighella Convicto e orgulhoso bato no peito, eu sou favela Saúde a quem prospera o obstáculo atropela E que nunca falte o alimento na panela Meus versos segue o inverso do que me é suposto Irritante e errante descordo do que é proposto Pago meus impostos com muito suor no rosto Por isso no protesto eu não largo o meu posto Agosto de 89 dia 8 mais exato Por volta das 23 horas, trabalho de parto Veio ao mundo um poeta que não maquia os fatos Muitos se identificam com os meus relatos Antes na humildade, superando dificuldades Graças a Deus estou invicto do convívio atrás das grades De chinelo e bermuda sem nenhum puto no bolso Preconceito e descaso gerou mais esse louco Que hoje tá firmão de rolê sem Sonata Na banca só ponta de lança, salve, só a nata Só psico se desacredita vem bota a cara E que tentou o que restou, não sobrou nada Foi foda o passado, mas relembro a todo tempo Desde antes de tudo, já havia o sofrimento Ditadura camuflada, monopólio absoluto Poucos tem de tudo, muitos vivem com refugo Refúgio o meu rap, privilégio então prestigie Mesmo que não me elogie espero que Deus te ilumine Sublime abençoe todos os que me rodeiam Aqueles que me amam, tanto quanto os que me odeiam Aos que fortaleceram eu deixo o salve sem exceção Pros cu interesseiro e pros recalque vacilão Tô de pé, tô firmão, Cês me dão inspiração Cada agouro, decepção vencidos com determinação Deixa eu sonhar Deixa eu viver Quero voar Meus problemas esquecer Deixa eu cantar Deixa eu dizer Quero rimar Os parça agradecer